quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

LA MÁS BELLA NA ZDB
Diego Ortiz e Pepe Murciego, editores da revista “LA MÁS BELLA”, de Madrid, organizaram na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, uma exposição de revistas-objecto, incluindo os números mais recentes de “LA MÁS BELLA” e a máquina “Bellascópio” com vários vídeos que podiam ser directamente adquiridos na própria máquina.
Integrado nesta apresentação realizou-se o Ciclo de Performances “Bellamatic en Acción”, com os performers Nieves Correa, Roxana Popelka & Pepe Murciego (no dia 7 de Dezembro), e Hilário Alvarez, Joan Casellas, Yolanda Pérez Herreras, Carlos Llavata e Fernando Aguiar que actuaram no dia seguinte.
Seguem-se fotografias das acções:
Roxana Popelka & Pepe Murciego
Nieves Correa
Joan Casellas
Fernando Aguiar
Yolanda Pérez Herreras
Hilario Álvarez

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Eugenio Miccini, Gabriel R. Silva, F. Aguiar, Lella M. e Enzo Minarelli, Bolonha, 1989
EUGENIO MICCINI…
Gostaria de lembrar de novo Eugenio Miccini que faleceu em Junho deste ano, e que foi um dos mais importantes poetas visuais internacionais. Não só pela sua capacidade criativa como autor, mas pela dinâmica que imprimiu aos grupos de poetas que integrou nos anos 60 e 70. E também como editor, director de revistas e organizador de eventos.
Tomei contacto com a obra de Miccini através da “Antologia da Poesia Visual Europeia”, organizada por Josep M. Figueres e por Manuel de Seabra, em 1976, e a partir daí não deixei de admirar a obra desse imaginativo poeta.
Em 1987 convidei o Eugenio Miccini juntamente com o Sarenco para virem a Portugal participar no Simpósio do 1º Festival Internacional de Poesia Viva que se realizou no Museu Dr. Santos Rocha, na Figueira da Foz mas, infelizmente, os bilhetes de avião enviados pela agência de viagens só chegaram no dia seguinte ao voo.
Dois anos depois tive o prazer de conhecer o Eugenio em Itália, quando eu e o Gabriel Rui Silva organizámos a exposição “CONCRETA.EXPERIMENTAL.VISUAL–Poesia Portuguesa 1959-1989”, na Universidade de Bolonha. Teve a amabilidade de se deslocar de Florença expressamente para a inauguração da exposição e ofereceu-me o magnífico livro-catálogo “POESIA VISIVA – 5 Maestri”.
Mais tarde estive novamente na companhia de Eugenio e de outros importantíssimos poetas em Spoleto, Itália, onde convivemos durante uma dúzia de dias, naquele que foi para mim um dos mais importantes Encontros em que participei, por poder conversar e trabalhar com tantos poetas que eu admirava, sendo além disso, o (bastante) mais novo e “aprendiz” daquele grupo de poetas fundamentais na poesia visual internacional.
A última vez que estive com Eugenio Miccini foi em Florença, em 2004, durante a 5ª Edizione del Festival Internazionale di Poesia in Azione “A + VOCI”, no Giubbe Rosse, e onde para além de uma intervenção poética, o Eugenio falou sobre a obra de Emílio Villa.
Em pé: Julien Blaine, Jonh Furnival, Balint Szombathy, Lamberto Pignotti, Sarenco, Shohachiro Takahashi, Eugenio Miccini, Karel Trinkewitz, Emmett Williams, Bernard Heidsieck, E. M. de Melo e Castro.
Em baixo: Vanessi (pintor), Fernando Aguiar, Enrico Mascelloni (crítico), Klaus Peter Dencker e Ann Noël, em Roca di Umbertide, Itália, 1995

…E EMMETT WILLIAMS

O único contacto que tive com Emmett Williams foi também em Spoleto, e fiquei com a ideia de ser uma pessoa simpática e espirituosa. Mais ligado ao movimento Fluxus, apesar de colaborar várias vezes em eventos de poesia experimental (aliás, foi o autor de uma das primeiras antologias de poesia concreta, “An Anthology of Concrete Poetry”, publicada em 1967 pela Something Else Press de New York, dirigida por Dick Higgins), Emmett, que nasceu em 1925 tal como Eugenio Miccinni, faleceu a 14 de Fevereiro deste ano.
F.Aguiar, I. Vitali, E. Szkàrosi, M. Mori, A. Bem Dhiab, F. Smalzi e E. Miccini, entre outros, no Guibbe Rosse, em Florença, 2004

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

OFICINA DE POESIA Nº 8 & 9 Revista da Palavra e da Imagem
Este duplo número da revista “OFICINA DE POESIA” comemora o seu 10º Aniversário. Parabéns para a revista e para os seus directores Graça Capinha e Jorge Fragoso, assim como para o Filipe Cravo que, para além de participar como poeta, fez igualmente um bom trabalho com o design destas 200 páginas de grande formato (30x25 cm).

De resto a revista está excelente. Repleta de poemas, fotografias, desenhos, poemas visuais, prosa e uma entrevista a Charles Bernstein. Teve como ponto de partida o curso livre “Oficina de Poesia” criado pela Profª Garça Capinha na Universidade de Coimbra, e com base no trabalho desses alunos/poetas que passaram pelo curso e depois das primeiras revistas editadas a partir sobretudo desse núcleo, chegamos agora a uma importante revista de poesia de âmbito nacional.

São várias dezenas os participantes neste número duplo, e na impossibilidade de referir todos, cito apenas alguns: Ana Hatherly, Joan Fontecuberta, Sandra Guerreiro, Affonso Romano de Sant’Anna, Ricarda Melo, Casimiro de Brito, Pedro Ramos, Martin Parr, Maria Irene Ramalho, Ina Elke, Fernando Aguiar, Bruno Santos, António Ramos Rosa, Virgílio de Lemos, Ricardo Aleixo, Ana Luísa Amaral, Régis Bonvicino, Levin Haegele, Pepe Vera, Edith Morin, Andrea Inocêncio, John Havelda, Andityas Soares de Moura, Álvaro Alves de Faria e Adília Lopes, para além dos coordenadores.

Fernando Aguiar, "Calligraphy", 2006

domingo, 9 de dezembro de 2007

FESTIVAL DE POESIA 2007
Teve lugar nos dias 29 e 30 de Novembro a 9ª edição do Festival de Poesia de Vila Nova de Foz Côa.
Direccionado sobretudo para os estudantes, e com a participação de poetas lusófonos, o Festival foi constituído por leituras e debates no Auditório do Agrupamento de Escolas de V. N. de Foz Côa, e terminou com um concerto de Homenagem a Adriano Correia de Oliveira e a José Afonso por Paulo Saraiva e pela Brigada de Intervenção Cultural, no Auditório do Centro Cultural daquela localidade.
Participaram os poetas Aurelino Costa, Rui Fonseca, Fernando Aguiar, Nuno Rebocho, Tony Tcheka, Jorge Velhote e os debates tiveram por moderadores os professores Rui Pinto, Helena Rebelo e Jorge Silva.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

BIG ODE # 3
Poesia e Imagem
O Rodrigo Miragaia está de novo de parabéns pela edição de mais um excelente número da “BIG ODE”! Tive o prazer de assistir ao nascimento da revista, e quando o Rodrigo me apresentou o projecto do que viria a ser o número 0, incentivei-o a levar o mesmo para a frente alertando-o, no entanto, para as dificuldades que iria encontrar. Disse-lhe inclusivamente que este tipo de publicações tem em Portugal muitas dificuldades em passar do terceiro número.

Pois bem, o Rodrigo chegou ao quarto número com distinção, porque este é, sem dúvida, a melhor “BIG ODE” publicada até agora, e com o recente apoio da Direcção-Geral das Artes, é previsível que a aventura ainda vá no adro. Gostaria que fosse outro caso como o do Tiago Gomes, o “decano” das revistas alternativas, que conseguiu, num esforço homérico ultrapassar a barreira dos 10 anos de edição da “Bíblia”, num país kafkiano em relação a este género de publicações.

Regressando ao #3 que tem a “Fusão” como temática, temos uma interessantíssima entrevista com A. Dassilva O. e poemas, desenhos, prosa, e fotografia de Henrique Fialho, Mário Calado Pedro, Maria João Lopes Fernandes, Rodrigo Miragaia, Avelino Araújo, Virgílio Vieira Tebas, Fernando Aguiar, Fernando Esteves Pinto, Ângelo Mazzuchelli, Raquel Coelho, Hilda Paz, César Figueiredo, Miguel Jimenez, Clemente Padin, Sara Monteiro, Hugo Pontes e Klaus Peter Denker, entre outros. http://www.big-ode.blogspot.com/
Fernando Aguiar "Cuema (Homenagem a António Aragão)", 1988

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

ESCANER CULTURAL
O poeta mexicano César Espinosa publicou no Nº 99 da Revista Virtual de Arte Contemporâneo y Nuevas Tendências “ESCANER CULTURAL” dirigida pela artista chilena Isabel Aranda, a segunda parte da entrevista (a primeira parte tinha sido publicada no número anterior) que fez comigo intitulada “Fernando Aguiar: Figura Clave entre dos Épocas de la Poesia Experimental Portuguesa”.

No conjunto, a entrevista resulta em 26 páginas impressas e integra, para além da entrevista propriamente dita, extractos dos meus textos “Performance Poética em Portugal”, “Performance, Poesia Sonora e Tecnologia”, e “Globalização & Interacção”, e é ilustrada com 37 fotografias de poemas visuais, fotopoemas, capas de livros e catálogos, pinturas, fotografias de performances, poesia digital, vídeos, instalações e fotografias do “Soneto Ecológico”.

Para além deste existem vários artigos interessantes escritos por duas dezenas de colaboradores como Clemente Padin, Araceli Zúñiga, Sílvio de Gracia, Fausto Grossi, Pedro Pablo Bustos ou Adolfo Vásquez Rocca. Para terem acesso ao “Escaner Cultural” é só clicar em http://www.escaner.cl/.

video "Dos Talismãs de Wolf Vostell (O Alho e o Olho)", 2002

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

DER LANGE ATEM / THE LONG BREATH
Masters of the International Performance Scene
O Europäische Performance Institut NRW organizou nos dias 9 e 10 de Novembro na Machinenhaus em Essen, na Alemanha, mais uma edição do ciclo “Der Lange Atem / The Long Breath”, sob a coordenação de Boris Nieslony.

No magnífico espaço da Machinenhaus (a antiga casa das máquinas da fábrica Carl., é considerada um dos melhores locais para a prática da performance), realizaram os seus trabalhos artistas da Suiça, Alemanha, Portugal, Grécia e de Inglaterra.

Ruedi Schill e Monika Günther, Ben Patterson, Fernando Aguiar, Wolfgang Hainke, Demosthenes Agrafiotis e Brian Catling apresentaram performances perante um público interessado e conhecedor, que salientou a qualidade dos trabalhos na conversa com os participantes após as apresentações.

De referir que Fernando Aguiar teve o apoio do Instituto Camões na sua deslocação a Essen. Seguem fotos das intervenções:
Monika Günther e Ruedi Schill
Demosthenes Agrafiotis
Brian Catling
Fernando Aguiar (com Boris Nieslony)
Ben Patterson

domingo, 2 de dezembro de 2007

LA POESIA VISUALE DI
FERNANDO AGUIAR
Ainda não tinha aqui referido a Tesi di laurea in Lingua e Letteratura Portoghese intitulada “La Poesia Visuale di Fernando Aguiar” que Laura Bilanceri, estudante da Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Florença fez em 2005 sobre o meu trabalho, sob orientação do Prof. Piero Ceccucci.

A tese, com 236 páginas, começa com um estudo sobre a Poesia Visual Portuguesa dividido em duas partes: a primeira de 1960 a 1980 e a segunda no período compreendido entre 1980 e 2005. O terceiro capítulo trata da minha biografia e finalmente a Laura Bilanceri faz um estudo que abrange toda a minha produção poética nos diversos suportes e formas expressivas: poesia experimental, poesia visual, instalação poética, performance, fotopoesia, pintura, textos teóricos e toda a actividade relacionada com as exposições, Festivais, antologias e colectâneas de Poesia Visual Portuguesa que organizei em vários jornais e revistas culturais portuguesas e estrangeiras ao longo de mais de 20 anos.

Inclui cerca de 110 imagens e dezenas de poemas experimentais, (sendo algum desse material inédito), assim como a tradução de uma dezena de poemas em italiano feita pela autora. Efectuada de uma forma bastante organizada e com um trabalho de pesquisa intenso e rigoroso (a Laura esteve em Portugal cerca de 3 meses para desenvolver a sua pesquisa sobre a poesia visual e sobre o meu trabalho), não deixa de ser curioso que a única tese sobre a minha obra tenha sido realizada em Itália.

Ou talvez não, se considerarmos que a maior parte das teses de licenciatura, mestrado e doutoramento feitas sobre a Poesia Visual Portuguesa ou sobre algum dos seus intervenientes têm sido realizadas no estrangeiro, sobretudo no Brasil, onde existem vários trabalhos sobre o assunto.

Fernando Aguiar, S/ Título, colagem s/pinho, 90x66,5 cm, 2001

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

DELTA Nº 24
Revue Internationale pour la Poésie Expérimentale
“DELTA” é uma revista japonesa publicada há vários anos pelo poeta Shin Tanabe, de formato A-5, com 48 páginas e um cuidado aspecto técnico e gráfico (os visuais são impressos em papel couché brilhante, por exemplo).
A revista apresenta ensaios, crítica, poemas e pequenos contos, obviamente em japonês (isto é, ininteligível para o comum dos ocidentais), mas dedica várias páginas à poesia visual. E nesta secção estão representadas obras de Guy R. Beining, Fernando Aguiar, Ryosuke Cohen, Misako Yarita, Julien Blaine, John M. Bennett, Tolsty, Scott Helmes e do próprio Shin Tanabe.
Fernando Aguiar, "Nos Olhos da Poesia", 70x50 cm, 1997

domingo, 25 de novembro de 2007

O LABIRINTO A MORTE E O PÚBLICO
João Samões apresentou o seu novo espectáculo “O Labirinto a Morte e o Público” nos dias 15, 16, 17 e 18 de Novembro, na Casa d’Os Dias d’Água, em Lisboa, que já havia sido estreado em Julho no Centro Cultural de Belém.
Com interpretação de João Galante, Margarida Mestre e do próprio João Samões, “O LABIRINTO A MORTE E O PÚBLICO” “tem uma estrutura ritualista que explora e rompe com a clássica relação entre observador/obra, colocando o público num fluido movimento entre a contemplação e a participação activa na transformação/metamorfose do espaço cénico.”
Fernando Aguiar colaborou na dramaturgia, Bruno Gaspar fez o desenho de luzes e direcção técnica, Helena Inverno realizou o video e a produção é d’ “O Rumo do Fumo”.

sábado, 24 de novembro de 2007

INTER 97
Art Actuel
Richard Martel dirige mais um importante número da revista canadiana “INTER”, desta vez dedicado a Giordano Bruno. Editada no Québéc, as suas 100 páginas abordam essencialmente a performance-arte, a instalação e o video. Dedica uma especial atenção à arte cubana contemporânea, e artigos aos recentemente falecidos Emmett Williams e Georg Jappe, para além de um extenso dossier sobre Giordano Bruno, que avançou com a hipótese do universo ser infinito e que por essa razão foi em 1600 condenado por heresia pela inquisição, tendo sido queimado vivo em Roma. Nascido em 1548, é considerado como um precursor da arte alternativa e sobre ele escrevem vários autores como Thierry Bardini, Giovanni Fontana, Serge Pey, Victor Muñoz, René Jounet e Julien Blaine.
Colaboram ainda na revista Guy Sioui Durand, Nathalie Côté, Charles Dreyfus e Jean-Claude St-Hilaire, entre outros. Do comité de redacção internacional fazem parte cerca de 25 autores, entre os quais Bartolomé Ferrando, Jacques Donguy, Balint Szombathy, Artur Tajber, Fernando Aguiar e Gusztáv Üto.
ARTELISBOA
Feira de Arte Contemporânea
Entre os dias 7 e 12 de Novembro decorreu mais uma edição da ARTELISBOA. Com algumas galerias estreantes e um nível qualitativo que se pode considerar de “consolidado”, a Feira apresentou poucas novidades. Valeu pelo convívio e pelas vendas, que vão permitir a várias galerias “respirar” durante os próximos meses. E também pelo aproximar da arte contemporânea a um público que normalmente não frequenta os Museus e as galerias de arte. A confirmarem-se as expectativas da organização em relação ao número de visitantes, esse é mais um aspecto positivo. Pela quarta vez consecutiva, estive representado pela Galeria Pedro Serrenho – Arte Contemporânea.

domingo, 4 de novembro de 2007

RAMPIKE
Foi publicado o Vol. 15 /Nº 2 da revista canadiana RAMPIKE, editada desde 1979 por Karl E. Jirgens. De grande qualidade gráfica, a revista publica entrevistas, contos, poemas e vários visuais.
Participam neste número, entre muitos outros, Anne F. Walker, Paul Hargreaves, Kim Goldberg, Natalee Caple e André Narbonne, com poemas e prosa, e Carol Stetser, Artemio Iglesias, Reed Altemus, Vittore Barone, Clemente Padin, Donato Mancini e Valts Kleins com poemas visuais.
Do painel de editores associados e de correspondentes, encontram-se Paul Dutton, W. Mark Sutherland, Richard Martel, Ryosuke Cohen, Richard Kostelanetz, Spencer Selby, Pete Spence, Roland Sabatier, Giovanni Fontana, Carla Bertola, Fernando Aguiar, Jürgen O. Olbrich, Balint Szombathy, Manfred Vanci Stirneman e Andrzej Dudek-Dürer.
Poema de Artemio Iglesias, 1984

sábado, 27 de outubro de 2007

XII MOSTRA INTERNACIONAL
DE POEMAS VISUAIS
Integrada no XV Congresso Brasileiro de Poesia realizou-se de 1 a 6 de Outubro na Galeria do S.E.S.C., em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, a XII MOSTRA INTERNACIONAL DE POEMAS VISUAIS coordenada pelo poeta Hugo Pontes.
Na exposição, que comemora os “40 Anos do Poema-Processo” e é igualmente uma homenagem a Wlademir Dias-Pino, participam cerca de 80 poetas de 14 países, entre eles Hartmut Andryczuk, Pete Spence, Artur Gomes, Avelino Araújo, Almandrade, Joaquim Branco, Jorge Luiz António, Mano Melo, Moacy Cirne, Marcelo Dolabela, Neide Dias de Sá, Paulo Bruscky, Ricardo Alfaya e Amelinda Alves, Rubervan Du Nascimento, Guillermo Deisler, António Gomez, Gustavo Vega, Ibirico, Joan Brossa, J. M. Calleja, José-Carlos Beltrán, Rodolfo Franco, Almeida e Sousa, Giovanni Strada, Dmitry Bulatov, Mark Sutherland, etc.
Em 1996, a convite de Ademir Bacca, organizador do Congresso Brasileiro de Poesia, os poetas Clemente Padin (Uruguai), Hugo Pontes (Brasil) e Fernando Aguiar (Portugal), criaram a I Mostra Euro-Americana de poesia Visual, com uma enorme adesão internacional, (só na secção europeia participaram 53 poetas).
As duas Mostras seguintes foram igualmente organizadas pelos mesmos poetas, sendo, a partir da IV edição, coordenada essencialmente por Hugo Pontes. Com esta XII edição, a Mostra resulta numa das mais antigas e regulares exposições de Poesia Visual a nível internacional.
Poema de Artur Gomes

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

UN EVENTO PER
EUGENIO MICCINI
No dia 27 de Outubro inaugurou em Florença, no café literário Giubbe Rosse de Fiorenzo Smalzi, a exposição “Al Caffé della Poesia Visiva”, com a apresentação das obras de Eugenio Miccini da colecção artística e literária do Giubbe Rosse.
Na inauguração da exposição o poeta Massimo Mori organizou uma sessão de leituras em homenagem a Eugenio Miccini, falecido este ano a 19 de Junho, considerado o mais importante poeta visual italiano e um dos mais representativos a nível internacional, a quem se atribui a criação do termo “poesia Visual” que designava o desenvolvimento do experimentalismo poético que, no início da década de 60, irrompia em Itália com uma enorme pujança.
Na sessão vão intervir os poetas Lucia Marcucci, Lamberto Pignotti, Sarenco, Arrigo Lora-Totino, o crítico Matteo D’Ambrosio e, à distância, com leituras, intervenções críticas e testemunhos, 25 outros poetas entre os quais Julien Blaine, Giovanni Fontana, Fernando Aguiar, Paolo Albani, Enzo Minarelli, Gianni Broi, Mariella Bettarini e Nicola Frangione.
Eugenio Miccini em Spoleto, Itália, 1995

terça-feira, 23 de outubro de 2007

PSIU POÉTICO
21º Salão Nacional de Poesia
Sob o lema “MontesClarosCidadeImaginária”, a 21ª edição do PSIU POÉTICO decorreu entre os dias 4 e 12 de Outubro na cidade mineira de Montes Claros, que instituiu o dia 4 de Outubro, dia de inauguração dos PSIUS, como o Dia Municipal da Poesia, sendo a única cidade brasileira que o fez até agora.

O organizador Aroldo Pereira e o coordenador Guilherme Rodrigues, com o apoio do Secretário da Cultura João Rodrigues decidiram homenagear este ano 7 poetisas: Leila Míccolis, Alice Ruiz, Thaise Diaz, Virna Teixeira, Olívia Ikeda, Amneres e Diana de Hollanda.

O Salão de Poesia tem a particularidade de levar os poetas às escolas da região, onde os alunos lêem os seus poemas juntamente com os poetas visitantes, de apresentar palestras na Universidade, promover leituras de poesia no mercado, rodoviária e em praças da cidade, e de organizar lançamentos de livros, leituras, performances poéticas e espectáculos musicais no Centro Cultural Hermes de Paula, sempre com uma enorme afluência de público, maioritariamente jovem.

Entre os muitos participantes deste ano podem-se referir Dóris Araújo, Deomídio Macedo, Mirna Mendes, Bruno Candéas, Fernando Aguiar, Mané do Café, Ronaldo Zenha, Karen Debértolis, Grupo Lesma, Eugênio Magno, Virgilene Araújo e Rogério Salgado.
http://www.psiupoetico.com.br/
Aroldo Pereira
Virgilene Araújo e Rogério Salgado
Ronaldo Z., Karen D., Diana H, Bruno C., Leila M., Virna T. e Aroldo P.
F. Aguiar e Deomídio Macedo

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

INTERATIVIDADES
38º Festival de Inverno da UFMG
Este é o excelente catálogo do 38º Festival de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais que decorreu o ano passado em Diamantina, uma bonita e acolhedora cidade de traçado português no Vale do Jequitinhonha, conhecida como a terra natal de Chica da Silva e reconhecida pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade.

O Festival direccionado para a arte contemporânea e que teve como lema “Actualizar e aprofundar”, foi constituído pelos seguintes núcleos: Arte Ciência, Arte Tecnologia, Arte Poética, Arte Conceito e Arte Aprofundamento, que no entanto interagiram entre si, aliando sempre os aspectos teóricos à criação efectiva por professores e alunos, e cujos resultados foram sendo apresentados ao longo do Festival sob a forma de espectáculos, ou expostos em diversos espaços da cidade.

Este imenso Festival, que ao longo dos 15 dias integra cerca de 60 professores e algumas centenas de alunos, foi coordenado pelos Profs. Fabrício Fernandino e Ernani Maletta e teve como professores/artistas entre outros, Ricardo Aleixo, Alckmar Luiz dos Santos, Tânia Fraga, Álvaro Andrade Garcia, Marcelo Kraiser, Paola Rettore, Ângelo Mazzuchelli, Marcelo Dolabela, Damián Kees, Georg Otte, Vera Casa Nova e Fernando Aguiar, que recebeu no Instituto Casa da Glória e em Video-Conferência com o Festival I.M.A.N., o prémio correspondente à homenagem que este Festival de Vila Nova de Famalicão lhe prestou na sua edição de 2006.
Página do projecto para o catálogo do Festival I.M.A.N.

domingo, 21 de outubro de 2007

“LATITUDES” Nº 30
Cahiers Lusophones
Foi publicado em Setembro o Nº 30 da revista “LATITUDES”, editada em Paris e dedicada à cultura de expressão portuguesa.
Este número inclui as entrevistas que Dominique Stoenesco fez a alguns dos participantes lusófonos na 9ª BIENNALE INTERNATIONALE DES POÈTES que decorreu em Maio / Junho em Marselha, Paris e outras cidades limítrofes, e onde a língua portuguesa foi a convidada de honra.
Os poetas entrevistados são Wilton Azevedo (Brasil), Fernando Aguiar (Portugal), Ana Paula Tavares (Angola), Conceição Lima (São Tomé), Ana Mafalda Leite e Eduardo White (Moçambique). Entre os cerca de 40 poetas de 19 países, estiveram também Ana Marques Gastão, Rosa Alice Branco, Carlito Azevedo, Eduardo Kac, Ruy Duarte de Carvalho, Filomena Embalo e David Leite.
Fernando Aguiar, "CONTRATEXTO (ou Anti-Romance com Personagens), Instalação no Museu do Traje, 2004

domingo, 2 de setembro de 2007

ANTOLOGIA DA POESIA EXPERIMENTAL PORTUGUESA Anos 60 – Anos 80
Ainda acerca das antologias de Poesia Experimental, vale a pena relembrar aqui o excelente trabalho de Carlos Mendes de Sousa e de Eunice Ribeiro com a organização da “ANTOLOGIA DA POESIA EXPERIMENTAL PORTUGUESA Anos 60 – Anos 80”.
Com um importante texto de introdução que contextualiza o trabalho e os diversos acontecimentos relacionados com a Poesia Experimental dessas décadas, a antologia tem a particularidade de ter sido o primeiro trabalho com estas características realizado por autores fora do movimento experimental, o que permite um outro tipo de leitura do movimento, aliás necessário e salutar.
Organizada por décadas, a antologia aborda o trabalho de 19 poetas, com uma boa recolha de poemas experimentais de cada um: Abílio-José Santos, Alexandre O’Neill, Álvaro Neto, Ana Hatherly, António Aragão, E. M. de Melo e Castro, José-Alberto Marques, Luiza Neto Jorge, Salette Tavares, Silvestre Pestana, António Barros, Fernando Aguiar, Antero de Alda, António Dantas, António Nelos, Armando Macatrão, César Figueiredo, Emerenciano e Gabriel Rui Silva.
A “antologia da Poesia Experimental Portuguesa Anos 60 – Anos 80” foi editada pela Angelus Novus, de Coimbra. geral@angelus-novus.com
LINGUAGENS ABRANGENTES
Também ainda não tinha aqui referido a exposição “LINGUAGENS ABRANGENTES” que teve lugar na Galeria Pedro Serrenho, em Novembro do ano passado. E vale a pena relembrá-la, porque já há muitos anos que não se fazia em Portugal uma exposição com estas características, isto é, uma exposição de poesia visual internacional numa galeria de arte contemporânea. António Gomez, Artemio Iglesias, E. M. de Melo e Castro, Enzo Minarelli, Fernando Aguiar, José-Alberto Marques, Klaus Peter Denker e Salette Tavares foram os poetas representados. Na ocasião foi publicado um pequeno catálogo com reproduções e currículos dos participantes e um texto de apresentação de Fernando Aguiar, que comissariou a exposição. galeria.pedroserrenho@net.novis.pt
Artémio Iglesias, Sem Título, 2004

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

NORD LITERAR Nº 51
O jornal cultural romeno “NORD LITERAR” dedicou a contra-capa da edição Nº 51 à poetisa mexicana Lina Zerón e a Fernando Aguiar, com a publicação de alguns poemas de cada um destes poetas, acompanhados por resumos biográficos. A tradução dos poemas foi feita pela Profª. Elena Liliana Popescu a partir da versão espanhola (no caso de Fernando Aguiar) dos poemas. O “NORD LITERAR”, dirigido por Gheorghe Glodeanu, inclui crónicas, críticas de livros, teatro e arte, artigos diversos e poemas de autores romenos, sendo ilustrado por várias pinturas de Constantin Raducan.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

AS PEDRAS DOS TEMPLÁRIOS Nos 800 Anos de Idanha-a-Nova
Com organização de Graça Capinha e edição da Quasi Editores, AS PEDRAS DOS TEMPLÁRIOS é um lindíssimo livro de capa dura que resulta de um fim de semana que os autores passaram em Idanha-a-Nova, de visita a povoações do concelho, e durante o qual realizaram uma leitura de poesia no Centro Cultural Raiano, seguido de um recital por um grupo de adufes de Idanha.

O livro é constituído por poemas do brasileiro Álvaro Alves de Faria e de Ana Luísa Amaral, Fernando Aguiar, Nuno Júdice e Vasco Graça Moura. As fotografias são de Ana Gaiaz e de Duarte Belo.

“VOIX DE LA MEDITERRANÉE” 10ème FESTIVAL DE POESIA
O 10º Festival de Poesia “VOIX DE LA MÉDITERRANÉE” decorreu de 21 a 29 de Julho em Lodève, uma pequena localidade no interior sul de França, a 30 km de Montpellier e contou com a presença de cerca de 90 poetas de 32 países.
Participaram entre muitos outros. Sibila Petlevski (Croácia), Bartolomé Ferrando e Noni Benegas (Espanha), Nadine Agostini, Philippe Castelin, Édith Azam, Julien Blaine, Hervé Brunaux, Bernard Heidseick, Josée Lapeyrere, Pierre Oster e Patrick Dubost (França), Demosthène Agrafiotis (Grécia), Cláudio Pozzani (Itália), Abbas Baydon (Líbano), Mohammed Bennis (Marrocos), Abderrazak Sahli (Tunísia) e Casimiro de Brito, Américo Rodrigues e Fernando Aguiar (Portugal).
As noites foram preenchidas com vários espectáculos, como os de Sapho, Victoria Abril ou de Teresa Salgueiro
O Festival VOIX DE LA MEDITERRANÉE é considerado o mais importante Festival de Poesia do Mediterrâneo, juntando todos os anos várias dezenas de poetas dos países desta região.
Casimiro de Brito e Pierre Oster
Julien Blaine
Hervé Brunaux
Instalação de Josée Lapeyrere
Fernando Aguiar
Carmen, Bartolomé Ferrando e Patrick Dubost
Demosthène Agrafiotis
Abderrazak Salhi