quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

XIII MOSTRA INTERNACIONAL DE POEMAS VISUAIS
O XVI Congresso Brasileiro de Poesia realizado no princípio de Outubro em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, coordenado por Ademir A. Bacca, dedicou a edição deste ano à comemoração dos “120 Anos de Fernando Pessoa” e apresentou também a XIII MOSTRA INTERNACIONAL DE POEMAS VISUAIS organizada mais uma vez pelo poeta Hugo Pontes.
Tendo como temática “Poemas do Corpo” e “Poema, Palavra & Paz”, a Mostra deste ano reuniu 55 obras de poetas da Austrália, Alemanha, Bélgica, Brasil, Cuba, França, Itália, Japão, Portugal e Uruguai, com participantes como Luc Fierens, Avelino de Araújo, Falves Silva, J. Cardias, Joaquim Branco, Márcio Almeida, Marcelo Dolabela, Neide Dias de Sá, Paulo Bruscky, Regina Pouchain, Wlademir Dias-Pino, Zhô Bertolini, Reed Altemus, Giovanni Strada, Fernando Aguiar ou Clemente Padin.
Hugo Pontes apresentou nesta Mostra um visual meu constituído pela fotografia de uma performance de 1996, intervencionada dois anos depois.
Fernando Aguiar

domingo, 28 de dezembro de 2008

MOSTRA INTERNACIONAL DE VIDEOARTE E DE VIDEOPERFORMANCE

A MOSTRA INTERNACIONAL DE VIDEOARTE E DE VIDEO PERFORMANCE integrada no CICLO INTERNACIONAL DE PERFORMANCE teve início no dia 20 de Dezembro, juntamente com a 2ª sessão de performances que se realizou no Panteão Nacional, em Lisboa.

A Mostra apresenta diariamente e em contínuo uma série de obras em video, nos vários espaços do Panteão Nacional, até ao dia 17 de Janeiro, dia do encerramento do CICLO INTERNACIONAL DE PERFORMANCE.

Os vídeos são da autoria de W. Mark Sutherland e Nobuo Kubota (Canadá), Gruppo Sinestetico, Caterina Davinio e Giovanni & Renata Strada (Itália), Clemente Padin (Uruguai), Boris Nieslony, BBB Johannes Deimling e Ak Kraak (Alemanha), Victor Martinez (México), José Oliveira Baptista, Fernando Aguiar, Ana Borralho & João Galante, Carlos Cabral Nunes, Sara Belo & Numanépa e Eurico Gonçalves (Portugal), Oblivia (Finlândia), Marcelo Kraiser & Paola Rettore e Mardônio França (Brasil), Jeffrey Shaw (Austrália), Makslas Simpozijs – Valmeria 07 (Letónia) e Túlio Restrepo (Colômbia), aos quais se juntarão ainda alguns outros que estão, entretanto, a ser enviados.

A Mostra Internacional de Videoarte e Videoperformance assim como o Ciclo Internacional de Performance são comissariados por Fernando Aguiar e estão integrados no 2º Encontro de Arte Global organizado por Carlos Cabral Nunes, que apresenta ainda exposições, teatro, homenagens e palestras.

Nobuo Kubota

Boris Nieslony
Marcelo Kraiser e Paola Rettore
W. Mark Sutherland
Gruppo Sinestetico
Ana Borralho e João Galante

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

CICLO INTERNACIONAL DE PERFORMANCE
Desde o dia 12 de Dezembro que está a decorrer no imponente espaço do Panteão Nacional o CICLO INTERNACIONAL DE PERFORMANCE do 2º Encontro de Arte Global, que vai continuar até ao dia 17 de Janeiro com a participação de cerca de 35 performers de Portugal, México, Letónia, Espanha, França, Hungria, Holanda, Peru, Brasil, Itália e Suíça.
O Ciclo teve início com a apresentação de Ilgvras Zalan (Letónia), a que se seguiu uma performance sonora dos portugueses João Silva, Carlos Santos e Paulo Raposo, realizada na cúpula do Panteão, que tem umas surpreendentes condições acústicas…
A segunda sessão do Ciclo (e a última deste ano) realizada no passado dia 20, teve as apresentações dos artistas mexicanos Pancho López e Alejandro Uranga, e uma intervenção poética de Fernando Aguiar.
Para Janeiro estão previstas as performances de Fausto Grossi, Daniel Daligand, Szkárosi Endre, Mandrágora e de um grupo constituído por Vítor Mácula, Nuno Oliveira e Margarida Chambel, isto no dia 10.
No dia 16 de Janeiro vão ser apresentados os trabalhos de Hans Clavin & G.J. de Rook, Pilar Talavera, Larissa Ferreira, Cabral Nunes/Numanépa, Colette & Günther Ruch, Nieves Correa e Emílio & Franca Morandi.
No dia 17 de Janeiro, e para encerrar o Ciclo, serão apresentadas as performances de Manuel Portela, João Samões, José Oliveira, do gupo Tunnal (Colette & Günther Ruch, Marina Salzmann e Alexa Montani), Chris Hales & Colectivo Multimédia Perve e uma nova apresentação do grupo constituído por Carlos Santos, João Silva, e Paulo Raposo.
O CICLO INTERNACINAL DE PERFORMANCE integra igualmente a Mostra Internacional de Videoarte e Videoperformance, ambas comissariadas Fernando Aguiar e integradas no 2º Encontro de Arte Global organizado por Carlos Cabral Nunes, que apresenta também exposições, teatro, homenagens e palestras.
Mais informações podem ser obtidas em: http://www.pervegaleria.eu/
Ilgvars Zalans
Carlos Santos, João Silva e Paulo Raposo
Pancho López
Fernando Aguiar
Alejandro Uranga

domingo, 14 de dezembro de 2008

SONETO ECOLÓGICO
De regresso a Lisboa, depois da participação no Châmalle X em Pontevedra, que decorreu de uma forma muitíssimo agradável quer em relação aos trabalhos apresentados como em relação à viagem e à estadia naquela simpática cidade galega, foi a vez de rever o SONETO ECOLÓGICO ou, por outras palavras, de ver como estava a crescer a minha “criança” que já não via desde Agosto do ano passado.
Foi uma imensa surpresa ver como desde essa data algumas das árvores cresceram. Outras nem tanto, mas no conjunto, o SONETO ECOLÓGICO está a ganhar a forma que eu sempre quis que tivesse, e o “Parque do Soneto”, em Matosinhos, está a ficar um verdadeiro espaço verde …
Mas só dentro de meia dúzia de anos é que este Parque ficará no seu melhor, com as todas árvores já crescidas a rimarem pelo género e a perceber-se de uma maneira mais clara a estrutura deste Soneto plantado em Março de 2005.
De qualquer modo, aqui está o SONETO ECOLÓGICO com o “look” de Outono 2008.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

RAMPIKE
Este último número da revista canadiana RAMPIKE foi uma verdadeira surpresa: a capa e a contracapa foram feitas com poemas visuais meus. E não é para gabar (só) o meu trabalho, mas a capa ficou bem bonita!
Foi também uma agradável surpresa, porque há muito tempo que trabalhos meus não eram publicados em capas de revistas, de livros de outros autores ou em antologias. Penso que até hoje, cerca de 50 obras minhas já foram publicadas desse modo.
Outro motivo de satisfação é por este número especial ter a colaboração de vários amigos como Bernard Heidsieck, W. Mark Sutherland, Richard Kostelanetz, Derek Beaulieu, Clemente Padin e Jürgen O. Olbrich, a par de outras colaborações, como é o caso dos visuais de Mark Laliberte, Kim Goldberg e Jesse Ferguson, dos poemas de Di Brandt, David Hickey, Bryan Sentes e Stan Rogal e dos textos de Frank Davey, Norman Lock e Jonathan Lyons.
Editada por Karl E. Jirgens desde 1979, a RAMPIKE tem uma lista de correspondentes internacionais de luxo, entre os quais Richard Martel, Ryosuke Cohen, Steve McCaffery, Reed Altemus, Pete Spence, Roland Sabatier, Júlia Kristeva, Julien Blaine, Giovanni Fontana, Carla Bertola, Spencer Selby, Vittori Baroni, Carol Stetser, Manfred Vanci Stirneman, Balint Szombathy e Andrezej Dudek-Dürer.
Os dois visuais agora publicados fazem parte de uma série de 26 pinturas e colagens em papel dedicadas ao abecedário, realizadas no ano passado, e até agora inéditas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

VIII BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ
De 12 a 21 de Novembro decorreu no Centro de Convenções e na Universidade de Fortaleza a VIII BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ, que teve como temática central "A aventura cultural da mestiçagem".
Constituída por 4 grandes pavilhões com cerca de 100 stands de outras tantas editoras brasileiras, a Bienal dedicou igualmente um espaço às editoras estrangeiras de língua portuguesa e espanhola que tiveram, deste modo, a possibilidade de apresentar as suas obras. Teve também diversas salas dedicadas a revistas, música, vídeos, poesia visual (organizada por Paulo Bruscky), e uma mostra de gravuras.
A organização esperava ter cerca de 750.000 visitantes, mas é bem possível que este número tenha sido superado, considerando que o Centro de Convenções esteve continuamente repleto de gente, desde as 9.00 até às 22.00 horas, com constantes visitas de escolas onde as pessoas foram efectivamente para comprar livros, incluindo os estudantes.
Considerando que o preço dos livros no Brasil é caro (apesar dos descontos oferecidos pelas editoras), é realmente de louvar esta apetência pela leitura, numa região que é das menos escolarizadas do Brasil.
De salientar ainda a impecável organização deste evento na pessoa de Floriano Martins, o incansável director da Bienal, sempre pronto a resolver todas as questões, e de uma extrema amabilidade para com os escritores convidados.
Que eram todos de língua portuguesa e castelhana, representando cerca de 30 países, e que participaram em debates, fizeram palestras, realizaram leituras de poemas, etc., numa multiplicidade de actividades que se estendiam ao longo do dia.
Refiro apenas alguns nomes: Paulo Bruscky, Francisco Aliseda, Uberto Stabile, Clemente Padin, Wilmar Silva, Cristiane Grando, José Geraldo Neres, António Miranda, Edson Cruz, Cláudio Willer, Luís Eustáquio Soares, Alex Pausides, Luís Carlos Patraquim, Edwin Madrid, Jorge Pieiro, Camila Diniz, José Ángel Leyva e os portugueses Maria Estela Guedes, Nicolau Saião, Rosa Alice Branco, José do Carmo Francisco, Joana Ruas e Fernando Aguiar.
Mas passemos às imagens:
exposição de poesia visual

Paulo Bruscky

Francisco Aliseda
Fernando Aguiar
Floriano Martins e Eduardo Mosches
Edson Cruz, José Ángel Leyva, Claudio Willer e Maria Estela Guedes
José do Carmo Francisco, Joana Ruas, Nicolau Saião e Rosa Alice Branco
Wilmar Silva, Fernando Aguiar e Cristiane Grando

domingo, 30 de novembro de 2008

PALABRA DEL MUNDO

Memorias del Festival de Poesia de la Habana

Das gratas experiências tidas em Fortaleza, como rever amigos, conhecer novos poetas, receber e oferecer um monte de livros, sentir o calor do Ceará deixando para trás os 12 graus de Lisboa, a movimentação fervilhante no Centro de Convenções sempre repleto de gente, sobretudo estudantes, a venda maciça de livros, apesar dos preços nem serem baratos, foi receber do Alex Pausides, o director do Festival de Poesia de Havana, a antologia “PALABRA DEL MUNDO”, que inclui poemas meus.
Já sabia da edição deste volume, mas com todas as dificuldades que existem em Cuba, tinha a noção que era muito difícil recebê-lo pelo correio. E foi com alguma surpresa (já nem me lembrava) e alegria que recebi este presente do Alex Pausides, o organizador do livro.
PALABRA DEL MUNDO, editado no ano passado, reúne poemas de cerca dos 200 escritores que participaram no Festival Internacional de Poesia de Havana, em 2006, e nas suas 400 páginas deverá conter outros tantos poemas de autores de uma vintena de países, todos traduzidos para o castelhano.
Entre os participantes, refiro apenas os nomes de Thiago de Mello, Ernesto Cardenal, Evgueni Evtushenko, Nancy Morejón, Pierre Bernet, Tito Alvarado, Elena Liliana Popescu, Corsino Fortes e Gaetano Longo.
Tenho dois poemas nesta antologia – “El Dedo” e “Deseo(s)”. Este último fez um enorme sucesso a primeira vez que o li, sussurrado ao microfone no Teatro Lido de Medellín, na Colômbia, perante uma audiência de mais de 500 pessoas, que enchia o Teatro. Fiquei com um nó na garganta quando depois de ler o poema, aquelas centenas de pessoas se levantaram a aplaudir, coisa que nunca me tinha acontecido…
O Festival de Poesia de Medellín foi também uma experiência única, porque nunca vi (e acredito que os outros poetas também não) tanta gente verdadeiramente encantada com a poesia, ficar horas a ouvir poetas de diferentes países a dizerem os seus poemas nas respectivas línguas (e à chuva, como uma vez assisti), a absorverem literalmente as palavras que dizíamos, mesmo sem as compreender a maior parte das vezes. Parabéns mais uma vez Fernando Rendón, pelo teu Festival único !
Regressando ao Festival de Poesia de Havana, foi igualmente uma experiência gratificante pela maneira calorosa e amável com que o povo cubano recebeu os poetas, e as leituras feitas em diversos locais, onde as pessoas interrompiam o seu trabalho para ouvir ler poesia e para, muitas vezes, lerem também os seus poemas, numa desinteressada e interessante troca de experiências e de leituras, à qual se seguiam conversas sobre os poemas lidos.
.
DESEO(S)
.
que
mi
lengua
moje
tus
labios
lívidos
lânguidos.
.

que
mis
dedos
recorran
tu
piel
perversa
arrozuda.
.

que
mi
sexo
roce
en el tuyo
y sus
olores se
confundan.
.

que
todos los
secretos
deseos
se sumerjan
profundos
mágicos
y eternos.

sábado, 29 de novembro de 2008

ARTELISBOA
Feira de Arte Contemporânea
Pois é, desta vez nem tive tempo de ir à ARTELISBOA. Com a participação na Bienal Internacional de Livro do Ceará (12 a 21 de Novembro) e com a performance nas V Xornadas de Arte de Acción – Chámalle X, em Pontevedra (25 a 27 de Novembro), nem tive possibilidade de ir espreitar o que estava exposto no Parque das Nações. Nos 2 dias em que cá estive só tive tempo de coordenar o Ciclo Internacional de Performances que começa dentro de uma dezena de dias e de ultimar a minha participação no Chámalle X.
Pelo que me chegou aos ouvidos, a Feira esteve fraca este ano, sobretudo a nível de vendas, reflexo dos tempos que correm…
Fui mais uma vez representado pela Galeria Pedro Serrenho – Arte Contemporânea, que apresentou uma das minhas esculturas em aço inoxidável, que fazem parte da instalação “The Letter as Work of Art”.
A ARTE LISBOA decorreu entre os dias 19 e 24 de Novembro, e na próxima edição espera-se que apareça revitalizada, apesar de ter tido este ano mais galerias participantes, sobretudo estrangeiras.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

LA BIBLIOTECA UTOPICA
LA BIBLIOTECA UTOPICA é um projecto de Vittore Baroni, que consistiu numa exposição de livros de artista de 170 autores de 26 países, que decorreu durante o mês de Julho na cidade italiana de Viareggio.
Vittore Baroni é um poeta visual que se tem dedicado principalmente a esta temática do livro-objecto e também à mail-art, sobre a qual já escreveu alguns livros.
A primeira vez que tive contacto com a obra deste autor foi durante o 1º Festival Internacional de Poesia Viva, que organizei no Museu Municipal Dr. Santos Rocha, na Figueira da Foz, em 1987.
Na exposição em Viareggio participaram nomes como António Gómez, Scott Helmes, Fernanda Fedi, Wlademir Dias-Pino, Daniel Daligand, Guy Bleus, Jonh M. Bennett, Fernando Aguiar, Graciela Gutierrez-Marx, Massimo Mori, Emílio Morandi, Clemente Padin, Túlio Restrepo, P. J. Ribeiro, Francis Van Maele, etc., etc.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

DE ORFEU E DE PERSÉFONE
DE ORFEU E DE PERSÉFONE – Morte e Literatura, organizado por Lélia Parreira Duarte numa edição da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, reúne nas suas 450 páginas ensaios de uma vintena de professores universitários que analisam, sob o ponto de vista desta temática, a obra de outros tantos autores, curiosamente, quase todos portugueses.
Os escritores estudados são António Lobo Antunes, Agustina Bessa-Luís, Milton Hatoum, José Cardoso Pires, Maria Judite de Carvalho, Ruy Belo, João Cabral de Melo Neto, João de Melo, Hélia Correia, Kafka e Hélder Macedo.
Entre os autores dos textos estão Clara Rowland, Dalva Calvão, Flávia Nascimento, Helena Carvalhão Buescu, Ida Ferreira Alves, Mónica Figueiredo ou Teresa Cristina Cerdeira.
Deixei para o fim o ensaio “O Sono sob as Pálpebras: Visualidade e Perpetração da Morte em poemas de Augusto de Campos e de Fernando Aguiar”, um excelente texto do Professor Rogério Barbosa da Silva, que aborda as obras experimentais e visuais de Augusto de Campos e a minha, o que constitui para mim uma honra, ter o meu trabalho estudado em simultâneo com a obra de um dos poetas fundadores da poesia concreta, da qual surgiu todo este movimento internacional da poesia experimental e visual.
De referir ainda que este texto de Rogério Barbosa da Silva inclui vários poemas visuais de Augusto de Campos e meus, que são, aliás, as únicas imagens publicadas nesta volumosa antologia.
Fernando Aguiar, "Desbravando os Caminhos do Texto", 1980

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

INTER Nº 100
Art Actuel
A edição comemorativa do centésimo número da revista INTER é dedicada à cidade do Québéc, de onde a revista é originária.
Dirigida por Richard Martel, aborda as actividades artísticas desta bonita cidade canadiana entre 1978 e 2008 (estive lá em 1990 a participar na 1ª Bienal de Arte do Québéc) nas artes visuais, arquitectura, urbanismo e escrita.
Com 140 páginas cheias de ilustrações de grande qualidade, esta é mais uma importante edição da INTER, que no final dos anos 80 foi uma referência para mim por ser, na altura, uma das mais significativas revistas de arte contemporânea que me chegavam às mãos.
Agora faço parte do seu comité de redacção internacional juntamente com outros 25 autores, entre os quais Bartolomé Ferrando, Jacques Donguy, Balint Szombathy, Artur Tajber e Gusztáv Üto.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

THE LETTER AS WORK OF ART
Inaugurou no dia 1 de Novembro na Galeria Pedro Serrenho – Arte Contemporânea, a minha instalação “THE LETTER AS WORK OF ART”, constituída por 50 poemas visuais e por duas esculturas em aço inoxidável, realizadas este ano.
Passo a transcrever excertos do texto que escrevi para o desdobrável da instalação: “Essas obras foram produzidas em cerca de 2 meses, entre o final de 1991 e o princípio de 1992, com o objectivo de criar poemas visuais com um número mínimo de elementos, valorizando a componente formal desses “poemas” que, em muitos casos, se resumiam apenas a uma letra trabalhada estética e criativamente no pequeno espaço de uma folha.
Foram realizadas cerca de 100 pequenas obras sob o conceito “a letra é o poema”, onde a letra, a pontuação ou a acentuação, enfim todo e qualquer sinal gráfico que pudesse ser utilizado na comunicação no âmbito da cultura ocidental, resultasse na obra de arte. O que obviamente não foi fácil. A partir dos resultados obtidos, foram posteriormente desenvolvidos esboços para pinturas, esculturas em pedra, esculturas em metal, obras em metal para parede e instalações, que continuam ainda em projecto.
É uma selecção desse trabalho de pesquisa/produção que agora se apresenta, resultando os elementos expostos num ambiente onde a temática são as letras, a forma e o corpo destas, dando origem a obras que perderam a força da semântica para privilegiarem uma comunicação que se efectua pela(s) forma(s) e pelos materiais em que esses grafemas são apresentados.”
“Várias destas obras foram, ao longo dos anos, publicadas em revistas e em jornais culturais em Portugal, Espanha, Brasil, Itália, Canadá, Holanda, Austrália, U.S.A., França, Hungria e na Jugoslávia, em antologias literárias em Espanha e no Canadá e em catálogos de exposições na Polónia, Brasil, França, Espanha e em Portugal. Em 1994 a editora da Universidade de Siegen, na Alemanha, publicou na sua colecção “experimentelle texte”, o livro “Minimal Poems”, com 35 dessas obras minimalistas.”
Simultaneamente inaugurou a exposição de pintura do Vitor Pinhão, um dos melhores desenhadores que existem neste país.
A Galeria Pedro Serrenho fica na Rua Almeida e Sousa Nº 21, em Campo de Ourique, e está aberta de Terça a Sábado das 11.00 às 13.00 e das 14.00 às 20.00 horas. Tel. 21.393.07.14

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

LA HOJA M
Da cidade de Chajarí, na Argentina, chegou-me o Nº 4 da pequena revista LA HOJA M, com um texto introdutório de Clemente Padin e uma colagem original na contracapa feita por Sílvia Lissa, a editora da revista.
A participação é internacional, maioritariamente poetas visuais, e entre os autores estão António Cares, José Manuel Figueiredo, Walter Pennachi, Nadia Poltos, Vittore Baroni, Manuel Sainz Serrano, Lancilloto Bellini, Fernando Aguiar, Tiziana Baracchi, Antoni Miró e Artemio Iglesias.
O trabalho do Artemio é um poema visual que ele teve a amabilidade de me oferecer e do qual eu gosto muitíssimo. Aí vai:
Artemio Iglesias

domingo, 26 de outubro de 2008

POÉSIE MARSEILLE
Entre os dias 20 e 22 de Outubro decorreu em Marselha o 5ème FESTIVAL POÉSIE MARSEILLE, organizado por Julien Blaine e por Jean-François Meyer.
As acções realizaram-se em vários locais desta simpática cidade com apresentações mais “literárias”, como as que foram apresentadas nas livrarias, e outras mais “performáticas”, como as que tiveram lugar nos outros espaços.
Os participantes e os locais foram, pela ordem de apresentação, os seguintes: Marina Mars, Fernando Aguiar, Bartolomé Ferrando e Giovanni Fontana, na Chapelle de la Vielle Charité. Nessa noite inaugurou a exposição de poesia visual de Sarenco, onde interveio um músico que teve uma “mãozinha” dos poetas presentes.
Na Librairie la Touriale leram os seus poemas Jean-François Bory, Olivier Domerg e Fréderic Ohlen, e à noite, na Librairie L’Odeur du Temps, Florence Pazzottu, Démosthène Agrafiotis e Arno Calleja.
No último dia houve leituras na Librairie Histoire de l’Oeil, com Cécile Mainardi e Jean-Michel Espitalier; à tarde, na Galerie Où, as performances de Jacqueline Cahen, Nathalie Thibat e de Didier Calleja.
Para terminar houve no restaurante-bar La Caravelle, uma “noite mediterrânica” com leituras de Démosthène Agrafiotis, Fernando Aguiar, Giovanni Fontana e Julien Blaine.
Será editado um catálogo do Festival a ser lançado durante a próxima edição, tal como aconteceu agora com o catálogo do 4ème Festival POÉSIE MARSEILLE.
Bartolomé Ferrando
Jean-François Bory
Juliene Blaine
Démosthène Agrafiotis
Giovanni Fontana
Frédéric Ohlen
Fernando Aguiar
Fernando Aguiar, Sarenco, Démosthène Agrafiotis, Giovanni Fontana, Julien Blaine, Jean-François Bory, Bartolomé Ferrando